segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A vida de um ácrata.

A vida de um ácrata
Tão bela e utópica
Incompreensivelmente
É esperada.

Apenas por estarmos certos
Errados ao mesmo tempo
Pela nata podre do poder
Cego e porco.

Burro é aquele que vê
E não consegue ver
A hipocrisia gerada
No lombo de cada ser.

Existe uma pitada modernista em meu ser
Surreal e como um quadro de Monet
Tudo igual
Como a anarquia num mundo dual.

Mas quem se importa com os outros
Sendo que cheio está meu bolso
Matéria podre e sem valor
Fede como seu caráter inescrupuloso.

Democracia de merda
Choque é a palavra
Mas fezes são o que colhemos
Do alto do planalto.

Exalto minha indagação
E morro engasgado
Com minhas próprias palavras
Morro imperfeito pois o verbo foi sufocado.

E a vida de um ácrata
É levada mais uma vez
Pútrida e incompreendida
Nos montes belos da ganância e prazer.