A vida de um ácrata
Tão bela e utópica
Incompreensivelmente
É esperada.
Apenas por estarmos certos
Errados ao mesmo tempo
Pela nata podre do poder
Cego e porco.
Burro é aquele que vê
E não consegue ver
A hipocrisia gerada
No lombo de cada ser.
Existe uma pitada modernista em meu ser
Surreal e como um quadro de Monet
Tudo igual
Como a anarquia num mundo dual.
Mas quem se importa com os outros
Sendo que cheio está meu bolso
Matéria podre e sem valor
Fede como seu caráter inescrupuloso.
Democracia de merda
Choque é a palavra
Mas fezes são o que colhemos
Do alto do planalto.
Exalto minha indagação
E morro engasgado
Com minhas próprias palavras
Morro imperfeito pois o verbo foi sufocado.
E a vida de um ácrata
É levada mais uma vez
Pútrida e incompreendida
Nos montes belos da ganância e prazer.
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Um comentário:
isso é arte.
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